domingo, 31 de julho de 2011

:Sobre o Tempo e o Viver

Uma das forças do universo é o Tempo. A partir dele gira uma ciranda de possibilidades pela vida a fora. Alguns ignoram a grandeza deste que, é certamente, implacável para todos. Os calendários são apenas pequenos lembretes diários de que o deus Chronos rege a caminhada ininterrupta das horas rumo ao futuro que é apenas um capricho dele mesmo - o Tempo. Pois será sempre esperado, mas também sempre terá um passado e um presente a lhe acompanhar. A vida é muito curta. Aproveitem da melhor forma a jornada vital que couber a cada um.

Chronos






Assim é o tempo

:Força motriz
Sem
mãe
ou
matriz
Esculpindo nas pedras


Um abstrato auto-retrato
Que traduz ... induz
Ao geométrico caos
F - r - a - g - m - e - n- t - a - d - o
Gerado por fractais
Os quais mais parecem
Vidro de cacos
Disfarçados de cristais.

Fluxo influente
Fluindo para o infinito...
Assumindo definitivamente
A cumplicidade
Com seu principal afluente
: O   e   s   p   a   ç   o

E de repente mostra-se
Forte como aço,
No seguinte segundo
Faz-se frágil como semente.
Nada é fácil.

Assim
é o tempo


:Entidade contraditória
Sem identidade
Que mais dia... menos dia...
Vai compor quem sabe
Uma história feita de amor
E contar a verdade vista
Nos olhares
De dois entre milhares
De personagens à sua mercê...
Um deles, eu.
O outro, torço pra que o tempo
Diga ser você.

Andarilho das Sombras - Copyright©1997.
♫♫♫ Chronos - Andarilho das Sombras.
(Clique no link laranja/opção download now/
contagem regressiva 20 seg/ download file now/
e ouça o texto na voz do próprio autor)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

: Sobre Borboletas e Ventos de Outono

Quão linda e azul é a tarde fria de invervo quando ainda é outono em um coração! Uma vespertina fragrância de luz paira no ar. O Outrora ainda parece vigorar... será (?) Não. É apenas uma lembrança a se desprender do limbo de um relicário memorial. Tudo isso no breve perdurar de um sereno e frágil voo de borboletas em um abstrato e perfumado balé celestial.

Bálsamo Borboletário

A borboleta traz na pele
Um fragmento de céu.
O firmamento tem em si
Um perfume borboletício.
Aromático pequeno indício
Do Carpe Diem.

Lendário aroma se levanta,
Aspergido pela asa
Ora branca e azul
Ora azul e branca
A planar pelo jardim do Existir.

Enquanto isso,
se pode sentir
Uma imaginária fragrância
A qual bem poderia se chamar

:Sinfonia (?)
:Sonata (?)
:Serenata (?)

Um bálsamo borboletário
Que misture o céu e sua cor
Com um sutil som de vôo
E um suave cheiro de flor.

Sim
:Florata
:Florata in Blue













Andarilho das Sombras - Copyright©1999.
♫♫♫ Ventos de Outono - Cálix.
(Clique no link laranja e ouça)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

:Sobre Jeans e Poesia

Neruda dizia
: [...]"a poesia está em tudo, em todas as coisas, basta saber enxergá-la". Se essa é a missão de um poeta - caçar versos a pairar no ar, metáforas feitas a partir do improvável... eis aqui minha pequena contribuição. Quem diria que a poesia nasceria da observação de uma calça jeans a adornar um corpo feminino em pleno Aeroporto de Congonhas
: eis o texto
Jeans

Posso ver apenas o vulto do silêncio.
Ele é 
:transparente
:vazado 
                          :reticente.

Quando aparece (?)

No saudoso momento
Em que você
de mim está alheia
ausente.

Ou na muda prece

evocada pelo vento.
No imóvel arco do violino.
Na intocada partitura
da sinfonia 
da contemplação

Na intacta
Travessura de menino.
(Ainda não executada)

A mudez reverbera
Bem dentro aqui.
Ali fora... fora de si.

Os acordes silenciosos
Se fazem mui ansiosos
Por ti,
transeunte
transitória
musa.

Para onde irás (?)
Não sei...
talvez um Porto Alegre
simplesmente 
por ser teu cais.

Um Rio de Janeiro
Onde um mês 
de calendário
torna-se fragmento
irrisório de tempo
ante seu sorriso.


Seu paradeiro 
não sei
mas levo-te 
no meu olhar

No celular 
Rita Lee
Na sequência 
Let it be
Na memória
sua lembrança
 [...]


(Com ou sem jeans Lee)


Andarilho das Sombras - Copyright©2011
♫♫♫ Let it Be - Beatles
(Clique no link laranja e ouça)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

:Sobre Lágrimas de Ternura

Elementos místicos e desconhecidos. Assim são as lágrimas de ternura. Nascidas justamente ao fechar dos olhos. Não trazem em si a água... mas o fogo da vida que, ao rolar pelo rosto, renova a face do Existir! Trata-se pois de um elixir - não da juventude - mas da sabedoria. Algo essencialmente [...]

Mineral

Sensorial.
Sensual.
Mineral.
Abissal.

Algo
Entre
A alga
O sal

O céu
O bem
E
O mal.

O mel.

A mágoa.
A doce água
Que não salga.

O fel

Que não amarga.

 (Choveu... lavou-se a alma)

Andarilho das Sombras - Copyright©2010.

♫♫♫  Z's Rival -Wim Mertens.
(Clique no link laranja e ouça)

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