Saia do limbo,

pequena gaivota.
Mostra com tua
não linear rota
seres do céu
fiel cúmplice,
devota.
Alinhava
com tuas agulhas-asa
a salgada tez
do mar
ao cheiro tinto,
porém
avinagrado
de um saudoso fado.
No azulejo
do além-tejo
o púrpura
crepúsculo
do impressionante
céu de Lisboa
lentamente
a se pintar
tal qual impressionista
tela de Renoir.
abre-se a fenda
:o quase
toca o ainda
o ainda
no quase
por um triz
não finda.
Texto: andarilho das sombras
Pintura: Diego Mato Toledo
Imagens: Google
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