
Eis uma homegem à Ilha de Niemeyer e Lucio Costa. Um texto sobre Brasília, terra com ingrata sina, mas repleta de boas pessoas, gente de bem que trabalha honestamente e também sonha com o clichê ou jargão de um país mais justo e melhor. Utopia, matá-la ou nutrí-la?
X Atos
I
Imagine um lugar sem beco
bem seco
como um Martine
II
Viva vitrine de perfeita geometria,
angular simetria,
imagine.
III
Projeto feito por mente de arquiteto

Com paterno afeto,
No ponto mais alto, no central planalto.
IV
Ah, esse Oscar
De fato um Oscar
merecia... usou toda sua mestria
naquilo que ousou criar.
V
Não, não há nada de errado com sua ilha.
por quem sou fascinado,
ou melhor, sua filha,
por quem sou fascinado.
Brasília, legítima flor do cerrado.
VI
Aqui, Mar não se tem.
Porém, a onda ,
Da Piscina provém.
VII
Um mago o misticismo simboliza
pra quem acha que aqui se setoriza
o ostracismo do público funcionalismo.
VIII
Se não há Porto,
Nem Docas, nem gaivotas,
Temos brancas garças,
Um Lago e estilizadas praças.
IX

Quem não se enquadra
No quadrante da Super Quadra
Escolhe num cardápio entre opções
Como o Setor de Diversões
Ou uma de suas versões:
Gilberto Salomão.
Aqui ninguém fica na mão.
X
Ah, Brasília, teu corpo é perfeição.
Teu Eixo, Monumental.
Tu és um avião.
Tua Água Mineral.
Tua importância, visceral.
És musa, despertaste em mim a paixão.
Andarilho das Sombras - Copyright©1998
Fotos - Google.
Música: baixe aqui
contagem regressiva/Download comum/
salvar no pc e ouvir. Divirtam-se!!
Concordo plenamente! Generalizar é comodismo e covardia...impede o raciocínio, a lógica e a clareza! Lindo poema.
ResponderExcluirps: voto por nutrir as utopias... =)