Lembro-me com saudade ( a boa porção dela) das andanças por Portugal em janeiro passado. Belas as ruas de Lisboa. Havia uma certa dose de lirismo pelos becos... entre uma taça e outra de vinhos de excelente procedência surgiu meu primeiro e, talvez, único poema feito em terras estrangeiras. Compartilho com vocês essa produção poética.
Em tempo: a culpa pelo nascimento deste poema foi do vinho que também cedeu seu nome ao texto que segue abaixo.
Morgadio da Torre
E quando nada mais restar
o Tejo
e sua alma convertida
em mar
Ainda lá vai estar
No voo impreciso
Da gaivota a bailar
Em improviso
sob o azul
Do céu de Lisboa.
Da gaivota a bailar
Em improviso
sob o azul
Do céu de Lisboa.
Foto: Alessandro Eloy Braga |
Nas badaladas
da Sé
Ressoa o som
da melancolia
A se pendurar
no presságio
da fé
no viver
Ressoa o som
da melancolia
A se pendurar
no presságio
da fé
no viver
Entre
uma
ou
outra
nota lusitana
dos
fados
e fadas
a lhes
entoar,
eternizar.
Andarilho das Sombras - Copyright©2011.
Poeta,
ResponderExcluirmeu irmão de espírito, inesquecíveis os dias em Lisboa e tudo que nela há. O Tejo é mágico, impressionantemente imenso em sua poesia, em seu lirismo e melancolia. Um rio que é ao mesmo tempo porta para um novo mundo em outros tempos... agora é a lembrança da grandeza lusitana.
Os portugueses vivem de saudades dos tempos de glória e nós vivemos de saudades dos dias em que nos sentimos como se estivéssemos dentro de um poema de Fernando Pessoa ou num romance de Eça de Queirós, enquanto caminhávamos pelas ruas de Lisboa... ruas que talvez sejam os versos dos próprios poemas.
Obrigado pela lembrança,
abraço fraterno.
e viva as lembranças !!!
ResponderExcluirBJO !
Belíssimo. Lisboa eu vivo nos meus sonhos. Ainda quero ter o privilégio de conhecer de perto as maravilhas daquele lugar!
ResponderExcluirÁs vezes jogados no relento de um lugar que não é nosso de costume, parados por ruas vagas entre terras que tiram a virgindade de nossos pés em solo estrangeiro, surgem essas palavras cravadas no peito de um poeta, que cospe, devolve para fora para ser engolido por outros olhares, lidos por outras bocas, degustado por outras línguas.
ResponderExcluirE a lembrança é nostalgia, melancolia de saudade... A lembrança é recheio já comido do bolo. É acaso, é filme e é medo!
Belo e aplaudido.
Reverências minhas a sua pessoa poética.
Beijos e ótima semana!
Texto saudosista...
ResponderExcluirParabéns pelos acessos!
Beijinho com carinho!
Senti uma dose de saudade.
ResponderExcluirGostei *-*
Abraços.