Trança Acetinada (Allegro)
Leio, cifro,
decifro
a partitura do seu suspiro.
Na alma, impressa, está a imagem
da musa que mais parece
louça
lusa.
Livre livro escrito com palavras ternas,
entrecortadas na entrelinha do grito
retirado da entranha do prazer,
transmutado em mito.
Verso pós verso feito pela libido

traduzida em braile
pelo cego desejo de meu tato
ao tomar um breve visual contato
com a trança acetinada da blusa
a cruzar suas desnudas costas,
palmilhadas pela insanidade
sensorial a qual não explica
a precisa sensação
ilimitada de inesgotável
amor conjugado à paixão.
Em minhas mãos resta apenas o rastilho,
vestígio de um lúdico e lúbrico idílio
com gosto de lume e o cheiro inequívoco
do seu - somente seu - perfume de sedução.
Andarilho das Sombras - Copyright©2009.
Que belo retorno!!! Sei que é repetitivo ficar dizendo isso, mas o seu trabalho é impecável e principalmente ÚNICO... Parabéns pelo retorno ao blog e pelo belo poema...
ResponderExcluir