
Lápis de Cor
Preparar... apontar... rabiscar.
Ele sai do seu estado de inércia
pra pintar o sete, fazer peripécia,
displicentemente desliza sobre a
crua e lisa superfície do papel...
Desgasta sua ponta anil,

de forma brusca ou sutil
eterniza um leve assobio
no ir e vir da levada brisa.
Tons pastéis materializam
num degrade de marrons
o noturno mistério oculto
em Saturno e seus anéis.
A folha outrora nua se veste
gradualmente com a textura
contemporânea e abstrata
da moderna e densa gravura.
Frescos corantes se unem em concentrada
matiz que colore os afrescos com aparente
cera de giz... pra gerar um efeito gris
mesclam-se várias nuanças,
sejam elas intensas ou mansas,
depende da intenção.
Amarelo caramelo sobreposto
à violeta criada em proveta,
verde verdume verdejante
empresta todo seu lume
pra clarear o bom gosto
do laranja que se arranja.

o cromático engenho da criação:
a intuição o lápis impulsiona
na direção indicada pelas pás
do moinho da imaginação
(...)
Lá está ele, o desenho
(...)
Em sua eterna, livre concepção.
Andarilho das Sombras - Copyright©1998.
Música: A Dança da Cor - Oswaldo Montenegro
Qual a cor de tua sombra, andarilho?
ResponderExcluirBela postagem!
Beijinho de Luz e ótimo fim de semana!
Um belo post, lugar desconhecido, até então.
ResponderExcluirMas que irei voltar outras vezes!
Obrigada pela visita ao meu espaço.
abraços,
Ana M.
realmente lindo!!
ResponderExcluirminha nossa
que dom eim...
*.*
te sigo ♥
obg pela visita
http://rgqueen.blogspot.com/
Noossa, to sem palavras, confesso, para dizer o quanto gostei do blog, mas é realmente muito bom mesmo, essa postagem está maravilhosa, parabens mesmo
ResponderExcluirTe seguindoo
http://essenciaego.blogspot.com/
bjos
amigo poeta! seus comentários no blog me comovem! meus olhos marejam, sensibilidade as vezes faz muito bem. abraços. amora
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