domingo, 9 de maio de 2010

: Sobre o céu de Lisboa

Gaivota

Saia do limbo,
pequena gaivota.

Mostra com tua
não linear rota
seres do céu
fiel cúmplice,
devota.


Alinhava
com tuas agulhas-asa
a salgada tez
do mar
ao cheiro tinto,
porém
avinagrado
de um saudoso fado.

No azulejo
do além-tejo
o púrpura
crepúsculo
do impressionante
céu de Lisboa
lentamente
a se pintar
tal qual impressionista
tela de Renoir.
Antes do nascer do dia
abre-se a fenda

:o quase
toca o ainda
o ainda
no quase
por um triz
não finda.


Texto: andarilho das sombras

Pintura: Diego Mato Toledo

Imagens: Google

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