terça-feira, 13 de abril de 2010

Mero Esmero

Frio vento.
Gélida alma.
Ausente calma.

Muda palma
pluralizada
amplificada
em surda salva.

Como explicar a indiferença
a qual, com sua presença,
desertifica o viver
torna banal o existir?

Existir, para que?
Mendigar afeto?
Indulgente?
Não
Quase indigente
Vão
Áspero grito
Silenciado
Sitiado

Mero esmero
(...)
reticente
(...)
no silêncio
de si próprio
reverberado.

: Andarilho das Sombras

Um comentário:

  1. Que silêncio é esse que diz muito mais que muitas palavras?(...) Que frio é esse que esquenta a alma? (...) São palavras lançadas ao vento que toca quem lê esses versos, alimento da alma, vida que brota das palavras escritas, descritas e parabéns por escutar esse silêncio que fala...
    Parabéns, Andarilho!!!!

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