Há momentos os quais ficam guardados na retina da memória. Estes serão perpetuamente impressos na derme e epiderme da história de cada um. 'Entreolhares'. Flertes entre nossos entrelugares não comuns... subliminares.
Flashes
colocadas na retina
da máquina fotográfica
focalizam os vagos
olhos verdes
dos negros gatos
travessos
vagando
entre
as travessas
travestidas
travestidas
com o negrume da noite.
Olhares crus se cruzam
nos abstratos labirintos
sem saída
da existência.
Não se preocupam em ficar nus
Não se preocupam em ficar nus
para que lhes seja
abstraída a essência.
Escondem-se
nas maquiavélicas máscaras.
Castanhos olhos bailam embalados
pelas calientes castanholas
Que cantarolam entrelaçadas
Domadora da estranha fusão
dos olhares instintivos
da águia e do tufão.
Olharé
o
produto
da
fecundação
entre
o
mito
e
o
mistério.
Gerando a múltipla mistura
captada pela íris
dos mudos mundos
contidos
:nos vastos
:variados
e únicos universos
dos muitos olhares.
Andarilho das Sombras - Copyright©1996
Clique no link laranja e ouça)
Caraca, que lindo post, imagens e todo o conjunto!! Parabéns!!!
ResponderExcluirBeijo
Deixei meus olhos percorrerem tuas aliterações... a alma adorou a melodia...
ResponderExcluirBeijinho encantado, moço das sombras!
p.s: O Luz está de portas abertas para você!
Foi como cantar uma música, cheia de rima e poesia lírica. Gosto desses sentimentos que as suas palavras expõem; são repletos de olhares e visões.
ResponderExcluirForte abraço.
Meu Deus, quanta poesia trazem essas palavras tão nua e crua, tão bem 'cantadas'.
ResponderExcluirReal e fantasia se misturam nas minhas lentes que captam a essência fantástica que o poeta transborda em cada verso.
Muito obrigada pelo carinho no meu blog- estou de olhos brilhando com o seu tão notável talento.
Beijo grande.