domingo, 15 de maio de 2011

:Sobre Saudade, Solidão e Amor

Eis um sincero tratado sobre Saudade, Solidão e Amor. O coração é morada de muitas sensações e possibilidades. Entre elas, o arrependimento de não levar a sério o que ele mesmo diz ou demonstra. Acho que preciso de cuidados cardíacos, mas estes não serão prestados por um cardiologista. Talvez alguém que saiba o que seja sentir e deixar saudades nos corações alheios seja mais indicado a essa tarefa.
Justo ela
:a saudade de me apaixonar. Todos sabem de seu quase inevitável parentesco com a paixão a qual pode incendiar esse mesmo coração não incrustado nas árvores em nome de um amor como se sonhava, nem tão pouco impresso na brevidade da areia à mercê da maré da existência conforme anunciam, em felicidade, os comerciais de margarina. Quem sabe seja eu o portador de algo crônico e incurável como a disritmia impiedosa de um coração causada pela solidão de pulsar
:sozinho
:em desilusão.

De qual Solidão trata esse texto (?)
Aquela só aplacada
Pelo beijo de namorada
Ante o triunfo ou fracasso
De um dia.

Ou ainda a abrandada
Pelo sorriso
ou doces palavras de filha



Ao dizer
: ‘não se preocupe, Papai...’
Do alto de seus dois anos
e meio de idade...








(ainda sem saber quão importantes foram seus dizeres).


A cantada e proclamada
pelas lindas leves vozes
roucas e marcantes
das divas
do Jazz americano.

A lírica e dilacerante
solidão do final
de noite melancólico
em um Scott-bar.
Aprimorada pelos ingleses
Em seus Pubs.
( ao som de Adele)


Cuja presença
Adere à alma
Com lirismo
e
leveza
Nem por isso menos
Avassaladores.

De que saudade se fala neste texto (?)

Simples.
A mais óbvia possível
:Aquela que carrega em si
toda a vontade
de amar
e
ser amado.

Que amor é esse (?)
Não falo de amor fraternal


ou maternal
os quais, graças a Deus,
tenho em abundância...
Mas sim, do amor passional
: reconhecido pelo faro
por um cheiro
de pele feminina.

Moram em mim ( sem pagar aluguel)
: a falta
: a ausência
: o chamego
: o aconchego.
Perdão pelo desabafo, meus caros leitores. Cansei de ser subjugado pelas minhas limitações físicas. Espero um dia ter a certeza de que as pessoas saibam a diferença entre limitação e invalidez. Hoje, mais uma vez, isso ocorreu.
Sem falar no preconceito. Pior, não será a última vez.
As mulheres da capital federal chegam a ser desumanas.





Andarilho das Sombras - Copyright©2011

Música: Hometown glory - Adele.
(clique no link laranja e ouça)

7 comentários:

  1. Nunca está sozinho aquele que se sente feliz na companhia de si mesmo...

    Beijinho cúmplice, poeta andarilho!

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  2. Um pedido: retire a verificação de palavras do comentário, por favor! Levo um tempão pra fazer um simples comentário como este... com a verificação, piora muito... O melhor é colocar moderação... assim vc pode controlar o que te mandam...

    Beijinho pedinte...

    ResponderExcluir
  3. agradeço-lhe a visita
    seu comentário foi lindo *.*
    obrigada mesmo
    você é incrível
    bjos

    http://rgqueen.blogspot.com/

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  4. Corajoso desabafo. Colocar dor no papel é fácil, díficil é dividir; expor. Foram palavras sinceras, de toda a verdade. E como já dizia Vinícius: [...] O poeta só é grande se sofrer [...]

    Forte abraço.

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  5. Esse desfecho, me fez um nó na garganta, sinto uma grande emoção acompanhando a minha derme por completa. Sensação que não sentia a um bom tempo ao ler alguém.

    Agradeço a honra de compartilhar dias com você, pelos os nossos espaços.

    Um beijo, Querido Poeta.

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  6. Seu testo é simplesmente lido e um pouco triste.
    Afinal falar da saudade sempre machuca nosso coração.
    Foi com alegria que encontrei seu blog convido a conhecer o meu beijos carinhosos um feliz Domingo.
    www.aviagem1.blogspot.com

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  7. Olá andarilho!

    A triste e velha dor da saudade...senti bastante ao ler teu texto, acho incrível a capacidade de se demonstrar e se mostrar tão bem pelas palavras...Força na vida, nas lutas e na vitória, querido amigo!
    palavras mais que sinceras as tuas, me tocaram muito! espero que sejas reconfortado, por ti, por mais...
    Poetas né? sofre-se tanto, saudade imensa de muito, mas grande é aquele que sabe conviver com a dor...tudo passa, caro andarilho!

    Abraço!

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